Aqueles que foram forçados à desaparição foram chamados presos-desaparecidos ou sequestrados-desaparecidos, porque sua desaparição foi produzida pela ação de policiais e militares (e agentes civis e eclesiais que colaboravam com eles), por meio do sequestro das vítimas, sua redução ao estado de prisioneiros, sua introdução num longo pesadelo de torturas sistemáticas e aberrantes, e seu assassinato pelos métodos mais cruéis que os carrascos conheciam.
Em 1981, as Organizações de Direitos Humanos, os grupos sociais e os governos progressistas, e as pessoas comprometidas com um mundo melhor, começaram a comemorar o Dia Internacional dos Detidos-Desaparecidos na América Latina.
Ao longo desse tempo, os familiares e amigos desses desaparecidos latino americanos têm acrescentado outros desaparecidos, mais distantes no espaço, mas idênticos na nobreza de suas causas e na coragem para se confrontar com os assassinos: os desaparecidos da África, da Ásia e até da Europa, onde, mesmo em proporções muito menores, também existem pessoas atingidas pelo sequestro e a desaparição planejada.
Os familiares dos Detidos-Desaparecidos da América Latina formam uma organização conhecida como:Federação de Associações de Famílias de Detidos-Desaparecidos (FEDEFAM). Essa organização propôs que o dia 30 de Agosto fosse considerado o Dia Internacional do Detido-Desaparecido, e essa proposta foi reconhecida por vários governos do planeta, incluindo o governo Bolivariano de Venezuela, que tem envidado grandes esforços na solidariedade com essas organizações.
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